Mestres - Man Ray

Black and White, 1926



“Eu não fotografo a natureza, eu fotografo as minhas fantasias” (Man Ray)

Auto Retrato, 1932


Man Ray (1890 – 1976) foi fotografo, pintor, desenhista, decorador, artesão, mas a fotografia lhe ofereceu mais elementos a serem explorados. Ele aprofundou na técnica e criou outras possibilidades de obtenção da imagem, como o raiograma (ou fotograma), onde ele colocava os objetos sobre o papel fotográfico e deixava receber luz por algum tempo. Os raiogramas foram definidos por Jean Cocteau como “quadros pintados com luz”. Esta maneira de capturar a imagem foi criada por ele, e caracterizou sua carreira e até hoje é usada por alguns artistas.


Rayograph, 1922 

Além do raiograma, que era algo mais abstrato e ligado ao dadaísmo, Man Ray fazia retratos, muitas vezes de artistas e escritores. Ficou conhecido também pelos retratos de mulheres (a maioria eram nus) de uma forma exótica. E ficaram tão conhecidos como seus raiogramas.


Le Violon d'Ingres, 1924



Ao mesmo tempo que suas fotografias eram reproduções da realidade, de objetos e pessoas, elas eram criadas de uma forma fantasiosa, não era exatamente uma cópia do real. Uma ideia meio paradoxal, mas que fazia parte de um pensamento de Man Ray, apenas reproduzir com a fotografia o que o mundo lhe dava não seria, para ele, considerado arte. As fotografias precisavam de algo surreal. “Pinto o que não posso fotografar; fotografo o que não posso pintar” ele dizia que a pintura servia para produzir imagens do consciente, e a fotografia era onde ele podia explorar o fantástico.






Observatory Time - The lovers, 1936

Sleeping Woman, 1929



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